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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Gosto muito de você Leãozinho...

Perco o sono, enquanto perco o rumo. Barulhos baixos ensurdecedores ecoam pelo quarto, chegam na sala e não dizem adeus, mesmo com a porta já aberta. Mesmo sendo 7 da manhã, meus sentimentos já agitam dentro de mim. Sou como uma casa para eles, são como “filhos” para mim, sempre voltam. O tempo, ele não quer resolver isso para mim! Primeiro identifico uma angústia, depois um vazio, que pode ser só fome. Logo após, o pior sentimento: solidão. Esse corroe e me faz lembrar de você, mesmo sabendo que você já não lembre mais de mim. Incertezas completam essa nuance, e me trazem a certeza de ser essa, uma história inacabada. Eu, apenas um jovem adulto, mas com uma idade emocional amorosa beirando a adolescência. Não deu para perceber? Como um garoto de quinze anos que acorda com uma imensa espinha no rosto. Fui pego de surpresa ao perceber a paixão, o fogo, o desejo de estar. Era muita coisa para um adolescente de vinte e poucos anos, cheio de espinhas emocionais aguentar, então ela veio toda sorrateira: a incerteza. Será que você realmente gosta de mim? Sabe quando o seu pior inimigo é você mesmo, foi assim... Não conseguir lidar com  um sentimento me fez agir assim, inconsequente. Era tudo uma defesa, eu agi para me preservar. Hoje já sou grande o suficiente par entender que todo relacionamento não termina somente de um lado, ambos foram responsáveis de alguma maneira. Assumo sua culpa, a minha sempre me pertenceu. Hoje, depois de alguns anos, eu ainda percebo que amo você.. e por amar eu deixo a vida levar, como as ondas do mar... o que for realmente meu, um dia voltará. Se isso não acontecer, melhor assim, cabeça erguida e peito aberto para  o que a vida ainda há de me reservar.