Ninguém é feliz o tempo todo. Todo ser humano tem momentos de agonia, tristeza, vontade de chorar....
O meio social instala a crença de que qualquer tristeza já é Depressão. Será por isso que a Depressão se torna cada vez mais popular? Tenho certeza que todos nós já conhecemos ou convivemos com alguém que diz (ou disseram pra ele) ter esse transtorno psicológico. A felicidade é muito relativa, cabe a cada um encontrar o que lhe faz bem, a curto e longo prazo. Não é "abrindo a felicidade" que tem dentro da Coca-Cola que você vai ser feliz, no máximo o consumo exagerado da Felicidade da Coca vai te deixar com gastrite. As pessoas podem e precisam estar sozinhas, se sentir angustiadas as vezes, sentir triste mesmo. A pílula da felicidade não existe e se sentir perdido pode ser o primeiro passo para se encontrar.
Do curta-metragem Estrada, com direção de Jorge Furt.Vou caminhar e me deprimir. Eu tô louco pra ficar triste. Eu nunca posso — tem sempre alguém do meu lado que merece ficar triste mais do que eu. Agora que tá todo mundo bem, eu vou aproveitar e me deprimir. Mas vocês não se preocupem, é coisa de uma hora só, no máximo. Eu caminho pelo mato. Me deprimo. Aí deito deprimido, durmo deprimido e acordo morto de fome.
ASUHASHUASHHAUASAS
ResponderExcluirConcordo que essa pressão feita pela felicidade a toda hora e uma hipocrisia da sociedade. É tb um dos males do século XXI.
Mas falar que nós "precisamos" de momento de tristeza é meio exagero kkk
É claro que não da pra se sentir alegre o tempo todo.
O que a gente precisa mesmo é momentos para ficar em silencio e dedicar a nós mesmos.
inté
Muito bem dito, Joel, abraço!
ResponderExcluirConcordo com você. O Brasil (eu li isso uma vez) é o "país do tudo bem". Ninguém pergunta como vc está. As pessoas, quando se encontram, perguntam "tudo bem?" e, é claro, a resposta tem que ser SIM. Ninguém quer ouvir o contrário. Existe esta obrigação de ser feliz de que você falou. Obrigação que, no final, encobre insatisfações e leva, portanto a infelicidade.
ResponderExcluirAbraço pra ti e fique triste, quando tiver vontade, mas não esqueça: sorria, tb, espontaneamente.
E aí Joel! Obrigado pela visita. Gostei do seu blog. Já irei segui-lo. Quanto ao post, infelizmente é bem como você disse, a publicidade tenta vender a falsa imagem de que todos os problemas podem ser vencidos com o consumo e compra de determinados produtos...doce ilusão...
ResponderExcluirabs
não sei se a publicidade está nessa pegada. algumas, talvez, mas acho que elas investem no "vc pode mais".
ResponderExcluirestamos numa era divida entre a moda da bipolaridade e o êxtase constante. sem nada entre um e outro.
Fogem da Dor como se esta não aliviasse, como se esta não ensinasse. Ausenta-lhe dos assuntos como o proibido nos diálogos. Enquanto não aprendermos a olhar e recuperar a nossa Dor como parte essencial da nossa transformação e até do nosso ser, não seremos nós mesmos por completo.
ResponderExcluirEsta "felicidade" infantil da mídia se dá num mundo cheio de tragédias sem solução, como uma "disneylândia" cercada de homens-bomba. (Arnaldo Jabour)
Ótimo texto!
Perfeito, é isso mesmo, a midia adora ditar o que é felicidade e felicidade vem de dentro de nós, sejamos felizes sem os produtos veiculados pela mídia.
ResponderExcluirAbs
Crucial verdade meu caro.
ResponderExcluirNão diria que a tolice de
não nos deixarmos triste
seja culpa da sociedade,
mas talvez como você mesmo afirmou
ela contribui muitíssimo.
Tal fator só acarreta assim
uma grande hipocrsia, mas não
com o mundo e sim
com nós mesmos.
Parabéns excelente texto.
http://denisemendes.blogspot.com/
Eu disse em setembro:
ResponderExcluir"Concordo com você. O Brasil (eu li isso uma vez) é o "país do tudo bem". Ninguém pergunta como vc está. As pessoas, quando se encontram, perguntam "tudo bem?" e, é claro, a resposta tem que ser SIM. Ninguém quer ouvir o contrário. Existe esta obrigação de ser feliz de que você falou. Obrigação que, no final, encobre insatisfações e leva, portanto a infelicidade.
Abraço pra ti e fique triste, quando tiver vontade, mas não esqueça: sorria, tb, espontaneamente. "
E não é que se aplica a virada do ano?